Deslizamentos em Ouro Preto
Desabamento em Ouro Preto Local Morro da Forca Ouro Preto
Na manhã desta quinta-feira (13), após a ladeira do Morro da Forca onde foram destruídos dois casarões históricos em Ouro Preto, na região central de Minas Gerais
Primeiramente, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Mineiro (MPMG) disse que vai investigar o caso para identificar os responsáveis.
Apesar da devastação causada por fenômenos naturais, o quebra-cabeça aponta que se houvesse agilidade, o patrimônio histórico poderia ter sido preservado.
Um estudo de 2016 da Agência Geológica Brasileira (CPRM), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, apontou que a região apresenta alto risco de deslizamentos.
O documento, assinado pelos geólogos Júlio César Lana e Larissa Montandon, mostra dois prédios que foram destruídos ontem na rota de um possível deslizamento.
- Edifícios próximos à base da encosta são suscetíveis ao movimento de materiais.
- A baixa espessura do solo e o contato súbito com a rocha são fatores agravantes que desencadeiam a fratura.
- Houve dois deslizamentos de terra/rochas na área, um dos quais resultou na destruição das paredes da casa.
- Outro evento resultou no represamento da calha do rio, de modo que a água a montante transbordou”, diz o relatório.
Portanto, o levantamento também recomenda uma série de intervenções, como estudos geotécnicos para avaliar a viabilidade de estabilização de taludes e encostas
Sendo assim, a implantação de sistemas de alerta de monitoramento e políticas de controle para coibir construções em áreas de risco.
Mateus Oliveira Xavier, professor de engenharia geológica da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), disse que o problema era conhecido desde que a mansão foi fechada em 2012
Com certeza algo poderia ter sido feito, como a construção de um muro de contenção.
O estudo estava até terminado, mas não começou.
Embora o governo mineiro tenha notificado por meio de nota que em 2012 arrecadou cerca de 35 milhões de reais para as obras de contenção em Ouro Preto.
- Esses projetos ficaram parados por cerca de seis anos.
- A partir de 2019, após o início da gestão atual, os projetos foram retomados e necessitaram de revisões.
- Método de contratação original – notificar o estado.
O município de Ouro Preto se comprometeu a auxiliar na investigação, segundo o governo, serviço que o Estado alega ainda não ter concluído devido à sua complexidade.
Desse modo, o governo não explicou por que suspendeu o projeto.
Sem resposta
O Município de Ouro Preto não havia comentado questões de procuradores federais e estaduais até o final deste artigo.
A defesa social exclui a construção de muros
Então, a construção do muro de contenção no Morro da Forca será um projeto caro e gigantesco, informou no final da tarde desta quinta-feira Juscelino dos Santos, ministro da Defesa Social da cidade de Ouro Preto.
Por fim, ele confirmou que um pacote de intervenções está sendo preparado para prevenir geohazards, mas a implementação depende do país.
- A manta amarrada é uma opção de intervenção.
- É um programa que tem que ser implementado.
- As intervenções cabem ao estado porque são muito importantes.
- O projeto do talude rendeu 35 milhões de reais, mas é um item que depende do governo estadual.
- Poderíamos ter evitado isso se esse recurso tivesse chegado antes, mas também não sei se a manta estaiada suportaria o peso porque foi a chuva forte que piorou”, declarou.
O secretário confirmou a evacuação de 15 estabelecimentos localizados na encosta.